Todas as crianças já fizeram ou vão fazer algum tipo de manha, seja com os pais, tios, avós ou professores, e dentro do berçário é muito comum isso acontecer.
Mas antes de falar porque isso acontece e como agir, vamos entender o que significa manha e birra.
Segundo o dicionário:
Birra
Ato ou disposição de insistir obstinadamente em um comportamento ou de não mudar de ideia ou opinião; teima, teimosia.
Sentimento ou demonstração de aversão ou antipatia, esp. quando renitente e motivado por algum capricho, paixão ou suscetibilidade; implicância, má vontade.
Manha
Procedimento astucioso; ardil, artimanha.
Hábito negativo, defeito difícil de se corrigir; mania, sestro, vício.
Processo particular e eficaz para conseguir um objetivo ou um dado efeito; segredo.
Choro ou lamento de criança, obstinado e sem motivo; birra.
Todo comportamento revela o que a criança deseja e/ou sente, e claro, com a birra não é diferente.
O mais importante a se fazer, é entender o que está por trás dela, o que ou quem desencadeou ou favoreceu esse comportamento na criança.
Algumas perguntas que a professora tem que responder para si, com o objetivo de entender a criança e então poder ajuda-la são:
- Onde a criança estava no momento anterior á birra?
- Com quem a criança estava?
- O que a criança estava fazendo e/ou o que fizeram para ela?
Com essas respostas em mente é mais fácil entender e ajudar a criança a resolver a situação. Ao passo que se você não tem essas respostas você fica sem um ponto de partida para solucionar a birra em questão.
Outro ponto fundamental, e eu sempre falo da sua importância, é conhecer as fases do desenvolvimento infantil, assim sabemos o que ela está passando e o que precisa em cada momento. Mais um ponto a favor na solução da birra.
Como a criança ainda está amadurecendo as emoções e muitas vezes não sabe como lidar com a situação, a maneira que ela encontra de pedir ajuda pode ser a birra.
Basicamente nós temos o cérebro emocional, pensante (racional) e primitivo, quando acontece a birra, a criança está usando o primitivo, associado a sobrevivência. Nesse momento ela não vai conseguir pensar e nem sentir, portanto não aprende.
Por isso não adianta mostrar o que ela está fazendo, mostrar o erro.
Exemplo: Olha o que você está fazendo, é feio, não pode!
Essa atitude por parte da professora além de não adiantar em nada ainda vai deixar a criança mais irritada e desestabilizada emocionalmente.
Ela precisa sair dessa condição para aprender ou agir de outra forma.
Como podemos fazer isso?
Nós precisamos em primeiro lugar manter a calma e apresentar uma postura equilibrada. O adulto é quem precisa ter o controle da situação e manter também o seu controle para conduzir o processo de forma favorável para a criança.
Somente com atitudes equilibradas e regadas ao carinho é que você poderá virar o jogo dessa birra. Lembrando que a situação não é fácil para a professora, mas acredite também não é para a criança.
Por isso vamos deixar claro que nenhuma criança, no berçário, faz isso porque é ruim ou malcriada, muito pelo contrário, ela está precisando de ajuda, carinho e que a professora apresente formas e espaço para ela lidar com esses sentimentos.
A maneira mais eficaz de acabar com a birra da criança é acionando os neurônios espelhos dela.
Mas o que são os neurônios espelhos?
Basicamente, os neurônios espelhos são um grupo de células, responsáveis por imitar o comportamento de outro ser humano como se aquele que estivesse observando praticasse a ação.
Portanto por meio do seu comportamento e ações, é possível ensinar a criança a agir de forma que ela se sinta melhor e o ambiente também fique saudável.
Assim, a criança pode ficar como você está e isso pode ser bom ou ruim dependendo de como você conduziu a situação, de como você se comportou durante a birra da criança.
Quando nós falamos da família, já não é um processo fácil, falando da escola então, com certeza o processo se torna mais complexo pois temos toda a estrutura e rotina do dia a dia para lidar e várias crianças em fase e com comportamentos diferentes, por isso mais uma vez vale lembrar da importância da relação escola-família, onde a professora possa orientar os pais quanto a birra e os pais, por sua vez, conduzirem o processo também em casa da forma mais harmoniosa, saudável e tranquila possível.
Assim… com conhecimento e colaboração da família a professora consegue atingir seus objetivos, manter sua postura e tranquilidade e o mais importante, favorecer o bem-estar e o aprendizado de seus alunos.
E aí, o que você achou? Como você faz no seu berçário?
Conta pra gente aí nos comentários e fique à vontade para fazer suas perguntas!
Beijo
Vivian Mazzeo
Excelentes sugestões, suas dicas são valiosas Vivian Mazzeo.
Olá, Márcia!
Que bom que gostou, obrigada pelo carinho!
Gabi – Equipe Vivian Mazzeo
Grata por me ajudar com o seu conhecimento.
Por nada!
Otimo