A infância é constituída por uma sucessão de etapas. Cada uma delas prepara para a seguinte e os limites entre uma e outra não são nítidos nem precisos em relação a idade cronológica; funcionam de maneira global e indissociável.
Os primeiros anos de vida têm uma importância fundamental. É nesta fase que se inicia o desenvolvimento da inteligência, da afetividade, das relações sociais e é de forma tão rápida que sua realização determinará em grande parte as capacidades futuras. (SPITZ, 1988)
De acordo com Lapierre (2002), cada criança é única. O esquema do desenvolvimento é comum a todas as crianças, mas diferenças de caráter, as possibilidades físicas, o meio e o ambiente familiar explicam que com a mesma idade crianças perfeitamente “normais” possam se comportar de maneiras diferentes. Por exemplo, um bebê que anda com 11 meses não está mais perto do normal do que aquele que anda com 16 meses. A criança que avançou inicialmente muito rápido vai reduzir o ritmo de suas aquisições e vai ser alcançada por aquela criança que parecia “atrasada” alguns meses atrás.
O objetivo da estimulação psicomotora não é adiantar as fases do desenvolvimento da criança, mas ajudá-la a vencer os desafios e executar bem os novos movimentos.
O ser humano traz um potencial inato. Porém, o fato de essa tendência ser inata não garante que ela realmente ocorra. Isso dependerá de um ambiente facilitador que forneça cuidados e estímulos adequados.
Larrosa (2007) afirma que a massagem permite que o indivíduo tome consciência das dimensões do seu corpo e do espaço que ele ocupa no meio. Por meio da massagem a criança pode construir sua imagem corporal, conhecendo seus limites.
Colocar os bebês de lado favorece sua organização e permite que ele alcance a linha média com os membros superiores, preparando-o para posteriormente explorar os objetos com as duas mãos.
Esta posição é também o início da descoberta do rolar (SILVA, 1994). Sendo assim, as posições dos bebês devem ser alternadas com frequência, menos quando o bebê estiver dormindo, permitindo que o bebê experimente a distribuição do peso em diferentes regiões do corpo, dando as primeiras sensações do próprio corpo.
A brincadeira é considerada a primeira conduta inteligente do ser humano; ela aparece logo que o bebê nasce e é de natureza sensório-motora. Isso significa que o primeiro brinquedo são os dedos e seus movimentos, que observados pelo bebê constituem-se a origem mais remota do jogo. A verdade é que ele brinca de maneira diferente dos maiores, envolve-se em brincadeiras sucessivas e por um curto período de tempo.
É por meio do corpo que os bebês se comunicam, ao melhorar sua motricidade, melhora também a comunicação da criança com o mundo. Uma criança desastrada, que não alcança os brinquedos que quer e não se alonga o suficiente, fica irritadiça e depende de outros para atender às suas necessidades. A partir do momento que ela fica mais competente, ela concretiza as ações que deseja, fica mais independente, tem mais satisfação e mais autoestima.
Pelo menos 03 vezes por semana é necessário trabalhar os movimentos corporais e as habilidades de cada criança. De forma individual. Elas se divertem e ao mesmo tempo ganham maior consciência corporal, mais agilidade e melhor postura. As atividades variam de acordo com a faixa etária.
A criança vai rolar, rastejar, sentar, engatinhar e andar quando seu sistema neuropsicomotor estiver pronto para isto. A nossa função é estimular a criança a descobrir o potencial de seu próprio corpo para superar bem todas estas etapas do desenvolvimento.
Para realizar os estímulos sensoriais e motores, são necessários diversos tipos de brinquedos e acessórios como: rolos, espelhos, colchonetes, bolas e muitos outros objetos de acordo com a faixa etária, mas o principal para o sucesso da atividade é a relação entre o bebê e o profissional.
Na verdade, brincamos com eles e, de forma lúdica, vamos atingindo nossos objetivos.
Para as crianças o brincar é muito mais do que uma forma de gastar energia ou passar o tempo, o brinquedo é uma forma das crianças descobrirem o que são, o que sentem e o que podem fazer. Por meio do brinquedo elas investigam o mundo, descobrem os objetos, os fatos e as pessoas.
Todas as crianças, sem exceção, gostam de brincar porque é por meio do brinquedo que as crianças aprendem, se desenvolvem, extravasam suas energias, tem novas ideias, tiram conclusões, transformam-se no que quiser, expressam emoções, sentem poder, expressam-se por meio da linguagem, resolvem problemas, ganham confiança em si mesmo, conhecem as pessoas, desenvolvem força, agilidade, equilíbrio e outras bases psicomotoras, aprendem a fazer as coisas junto com outros e a dividi-las, aprendem a fazer coisas novas, aprendem a ajudar e a compartilhar, ganham habilidade e senso de realização, descobrem como as coisas funcionam e exploraram o mundo à sua volta.
Crianças de idades diferentes brincam de maneiras diferentes e dessa forma desenvolvem habilidades físicas, motoras, sociais e emocionais.
A criança precisa de períodos alternados de brinquedo ativo e calmo. Nesse caso, cabe ao profissional essa orientação e estimulação.
A escolha dos brinquedos deve ser baseada em primeiro lugar na segurança e em seguida na utilização prazerosa da criança e por fim na utilidade visando seu crescimento e desenvolvimento.
A nossa missão deve ser tornar a vida da criança mais feliz 🙂
Beijo
Vivian Mazzeo
Gostei do material bebe ativo, espero quando tudo voltar ao normal colocar em pratica com os bebês
Um forte abraço
Professora Lucimar
É isso aí! Bj Maria
ÓTIMO MATERIAL.
PARABÉNS PELO CUIDADO PELO DESENVOLVIMENTO DE NOSSAS CRIANÇAS
Obrigada Marli. Beijo
Muito interessante
Obrigada Marilene. Beijo
Amei a matéria, parabéns pelo trabalho
Muito obrigada! Beijo